Foi inevitável não acompanhar e tão pouco não se emocionar com as homenagens feitas ao ‘rei’ do POP, desde a notícia de sua morte, em Los Angeles. A todo instante éramos bombardeados com informações, canções, notícias e mais notícias sobre a morte de Michael Jackson. Que o diga o presidente do Senado, José Sarney, que, na época, esperava contar apenas com o apoio do presidente Lula, na crise do Senado, teve a sorte de contar, também, com a morte do maior artista POP do mundo, o que deve ter lhe rendido alguns bons suspiros de alívio (rss). E, cá pra nós, a morte desse ‘astro’ é bem mais interessante do que a crise que nunca vai cessar no Senado, não é mesmo? Sendo assim... Já que o presidente do Senado, do meu país, não me dá nenhum motivo para homenageá-lo, eu vim aqui homenagear esse ‘mito do POP’ no meu blog.
Li e ouvi muitas homenagens a Michael Jackson. Como já era de se esperar, o autor e ator, Bruno Mazzeo fez isso de maneira deliciosa em seu blog (adorei). Mas mesmo não sendo tão boa quanto ele, não podia deixar passar em branco a trajetória de sucesso de Michael Jackson. Afinal de contas, meu primeiro beijo foi embalado pela música ‘Ben’. Aliás, suas músicas marcaram muitos momentos da minha adolescência e juventude. (me senti uma ‘coroa’ agora... rss). Mas quem jamais ouviu uma canção de Michael Jackson que atire a primeira pedra. Nossa, o que é a música: We Are The World, na voz de Lionel Richie? E sabe de quem é a composição dessa música? Pois é... Dele mesmo: Michael Jackson em parceria com próprio Leonel Richie.
Michael Jackson foi, indiscutivelmente, o artista mais completo de todos os tempos. Não dizem que nada se cria, tudo se copia? Isso nunca serviu para ele, que tinha na veia artística a criatividade como uma de suas características mais evidentes. Dono de uma voz incomparável, Jackson era um perfeito bailarino. Muito se especula sobre sua infância, sobre suas ‘possíveis’ plásticas, sua sexualidade, enfim... Sabe-se muito pouco sobre tudo isso também. E quero deixar claro que, vivemos num país democrático, que este é o meu blog, o meu espaço, portanto, é a minha opinião sobre o que pude ler e observar todos esses anos sobre ele. Penso que era no palco que Michael realmente se encontrava. No palco, ele não usava máscara, literalmente falando, pq era lá que ele se encontrava como gente, era lá que ele sentia-se protegido, amado, seguro, confiante, sentia-se livre. Enquanto fora do palco, Michael era apenas mais um garoto inseguro tentando ser feliz desde que nasceu... Tentando encontrar o seu eixo. Era escravo do medo, escravo de um passado que nunca o abandonou. Um passado marcado pela violência. Em uma entrevista, ele afirmava que só havia feito duas cirurgias no nariz e, ainda assim, o repórter tentava o convencer do contrário. Ora bolas, se uma pessoa diz que não fez, não importa mais nada, ela não fez e pronto. Pq as pessoas insistem tanto em não acreditar na ‘verdade genuína’ do outro? Ele poderia, simplesmente, não querer expor para o mundo algo que sempre lhe trouxe muito sofrimento. E basta, ou não?
Sinceramente, cheguei a conclusão de que as intervenções em sua ‘plástica’ não passavam de algo que o assombrava por anos: sua velha infância... Seu velho pai. Pra mim, Michael Jackson queria esquecer do seu passado, e sua aparência também o fazia lembrar dele. Seu nariz o fazia lembrar de seu pai, a cor de sua pele, o seu cabelo, tudo o fazia recordar de, quem sabe, dias terríveis e traumatizantes na vida de um ‘pequeno príncipe’. E não tem jeito... A infância é o chão pelo qual caminharemos o resto de nossas vidas. Ao se olhar no espelho e lembrar de seu pai em cada detalhe da sua aparência, deveria fazer um mal inexplicável a ele. Logo de seu pai, talvez, o maior responsável pela sua autodestruição. E penso que mesmo o espelho já mostrando uma imagem completamente diferente de seu pai, ele não conseguia enxergar isso. Assim como agem os que sofrem de anorexia, já estão na pele e osso, mas olham no espelho uma aparência de alguém que ainda precisa perder quilos e mais quilos. Doença é doença e não se discute... Ainda mais quando a doença tem início na alma.
E, para mim, Michael não tinha doença de pele alguma. Não tinha horror a ser negro e não aliciava criancinhas. Não! Pra mim, não! E nada me convence do contrário até o momento e, talvez, eu também não queira ser convencida. Creio que tudo não tenha passado de uma fuga. Fuga do passado, nojo do que presenciou durante anos de sua vida enquanto vivia com seu pai. E, na minha opinião, Jackson era um ‘assexuado’ mesmo. Se ele teve algum tipo de relação sexual foi na infância sabe se lá com quem. E até penso que ele preferiu não deixar filhos biológicos, pra não ter de deixar seus filhos carregarem nas veias o sangue desse pai. Seria possível pensar assim? Eu acho que sim. Quem sabe também não tenha sido o próprio pai quem induziu a família daquelas crianças a processar Michael Jackson? Pq não? O fato é que é nítido e só não vê quem não quer, que o velho Sr. Jackson tem cara de vigarista, de mau caráter (apesar de não ter olho junto rss), tem cara de oportunista, trambiqueiro e cafetão. Peguei pesado? Bem, essa é a minha opinião. Rsss!
Michael Jackson pedófilo? Também acho que não. Um pedófilo, por mais doente que seja, deixa transparecer no olhar. E Michael tinha um olhar distante da maldade. Michael declarou que sentia vontade de vomitar quando via seu pai. Só sentimos vontade de vomitar de algo muito nojento. E quem sabe não era isso mesmo que Michael via em seu pai? Um ser de atitudes nojentas. Um pedófilo não faz tantos amigos assim. Um homem perverso não cativa tanta gente por tanto tempo. Certa vez, assisti a uma entrevista de Clodovil dizendo que o Ayrton Senna era um ‘assexuado’, que não era nem homem, nem mulher.
Michael Jackson vivia em busca de uma felicidade que nem mesmo ele sabia se era possível encontrar. Provavelmente, Michael nunca tenha sentido amor incondicional de um ser humano. E só quem jamais sentiu esse tipo de amor pode saber o que realmente essa ausência extrema de afeto e proteção causa ao longo da vida. ‘Neverland – A terra do nunca’ era o seu mundo. O seu grande refugio. O lugar em que Michael construiu para voltar a ser criança, e tentar reescrever sua própria infância... Como se isso fosse possível. E a venda de parte desse sonho deu início ao fim de uma história tecida pelo silêncio.
Um homem que termina a vida sem deixar absolutamente nada para o seu velho pai. E recebe a maior das homenagens de sua filha: ‘Ele foi o melhor pai que se poderia imaginar’.
É isso aí... A vida não foi fácil nem mesmo para o ‘astro das multidões’. Cada um tem o seu destino, cada um escreve sua própria história, pq um dia... Um dia a vida acaba para cada um de nós.
Viva Michael Jackson... Viva! Viva!
Colaboração: Elizabeth Farias
Meg Oliver
08/07/09
08/07/09
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